domingo, 5 de agosto de 2012

50 anos sem Marilyn Monroe (Norma Jeane)

Na manhã de 1º de junho de 1926, a filha de Della Monroe, Gladys Baker, deu à luz uma menina na ala de caridade do Los Angeles General Hospital. Nascia Norma Jeane Mortensen.


A menina extraordinariamente bela com cabelos louros encaracolados e olhos azuis-claros, viveu parte da infância com a família adotiva, os Bolender. 

Aos nove anos, foi levada ao orfanato Los Angeles Orphan's Home Society, no número 815 da avenida North El Centro em Hollywood, onde passou alguns meses. Viveu algum tempo com a mãe e a "tia" Grace, mas a loucura da mãe não permitiu que ela passasse muito tempo sobre o mesmo teto.


No outono de 1938 foi morar com a tia paterna, Edith Ana Lower e após a morte da tia ela teve que escolher entre casar-se ou voltar para o orfanato que tanto assombrou a vida dela.
No dia 19 de junho de 1942, aos 16 anos, casou-se com Jim Dougherty, apenas para não voltar a viver no orfano. Se separaram logo depois que Norma Jean começou sua carreira como modelo e não queria mais ser a dona de casa que o marido tanto desejava.


O sonho dela desde criança era ser uma atriz consagrada de Hollywood, como sua ídola Jean Harlow. Queria ter o cabelo platinado como o dela e ser tão famosa quanto.

Sua carreira como modelo começou da noite para o dia. No final de 1944, quando estava voltando ao trabalho após as férias, ela e algumas poucas colegas goram convidadas para posar para fotografias por uma unidade militar que realizava um filme com fins de treinamento. Ela não sabia do que era capaz, mas tentou e suas fotos foram as melhores.

Ao longo dos anos especulou-se e até se anunciou como fato que fizera sexo com os fotógrafos para progredir naquele mundo. Dito isso, a motivação dos fotógrafos que mais tarde afirmaram terem mantido relacionamentos românticos com Marilyn sempre foi suspeita. Nenhum deles jamais afirmou qualquer coisa sobre ter tido relações sexuais com ela até que ela se tornasse famosa, quando passou a ser considerado uma fabulosa conquista ter ido para a cama com aquele grande simbolo sexual.

Ela ouvira a mesma coisa de tantos fotógrafos, que já começava a se perguntar se não devia sr verdade: "Você nasceu para o cinema, Norma Jeane". De fato, cada um que a fotografava parecia querer incentivá-la a entrar para a industria cinematográfica.
No dia 17 de julho de 1946 ela reuniu toda sua coragem e foi até o estúdio da 20th Century-Fox Studios. Recebeu algumas páginas do roteiro de Encontro nos céus, um filme de 1944 baseado em uma bem-sucedida peça de Moss Hart para a Broadway. Norma Jeane conseguiu se sair bem na leitura e a realizou com muita competência.
No dia 24 de agosto de 1946, assinou o contrato com a 20th Century-Fox Studios.
Pouco antes de assinar o contrato ela fui chamada ao escritório de Ben Lyon para a mudança do nome dela. O nome escolhido foi Marilyn Monroe. Marylin de Marilyn Miller, atriz da Broadway da década de 1920 e Monroe era o sobrenome de sua avó materna.
Seu primeiro filme foi The shocking miss Pilgrim (1947). Não havia muito de Marilyn no filme, apenas uma rápida participação (sem créditos) como telefonista. Seria rapidamente vista de novo em Idade Perigosa (1947).


Marilyn passando por algumas dificuldades financeiras, aceitou o convite de Tom Kelley para posar em trajes de banho, brincando com uma bola de praia para um anuncio de cerveja.
Duas semanas depois, 25 de maio de 1949, Tom telefonou a Marilyn para lhe dizer que as fotos tinham sido um sucesso e, que de alguma forma, caíra nas mãos de uma pessoas que fabricava calendários em Chicago. Essa pessoa queria que Marilyn posasse nua. Seria um trabalho discreto, mas totalmente nu. Marilyn pensou  um pouco e aceitou o convite.
Duas noites depois, Marilyn se viu enroscada em um veludo vermelho enquanto posava fazendo caras e bocas, se descobrindo e exibindo seu corpo. Ganhou 50 pratas pelo trabalho.
Tais fotos, anos depois, saíram na primeira edição da revista Playboy e causaram grande polêmica na vida da atriz depois que ela já estava conhecida mundialmente.
Em outubro de 1949, Marilyn começou a trabalhar em O segredo das jóias, onde teve três breves aparições que somaram 5 minutos.
Em janeiro de 1950, participou com outra pequena participação do filme O faísca. Nesse mesmo ano participou de Por um amor, outro filme que teve pouca repercussão na época. Na primavera de 1950 ela foi escalada para participar de um filme que ela considerava totalmente medíocre, chamado A história de uma cidadezinha. Neste filme Marilyn tinha uma semana de dois minutos como recepcionista na redação de um jornal.
Marilyn fez vários outros filmes de pequena participação, como:
Sua alteza, a secretária
Idade perigosa (1947)

Torrentes de ódio (1948)
Verdes campos de Wyoming (1948)
Mentiras salvadoras (1948)
Loucos de amor (1950)

O que pode um beijo (1950)
Por um amor (1950)
Em cada lar, um romance (1951)
Sempre jovem (1951)
O segredo das viúvas (1951)
Joguei minha mulher (1951)
Só a mulher peca (1952)

Travessuras de casados (1952)
Rio sem regresso (1954)

Em abril de 1950 ela foi escalada para participar do elenco do filme, A malvada. Sua participação foi pequena, porém, de grande importância para a carreira da diva.
O filme recebeu 14 indicações ao Oscar e ganhou seis: Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro, entre eles.

Em 1951, ela começou a trabalhar naquele que seria o seu papel mais importante até então. O filme era Almas Desesperadas, interpretando o papel da psicótica Nell Forbes.

Mesmo depois de trabalhar em Almas Desesperadas, os filmes ruins continuaram para Marilyn. O ano de 1952 começaria com dificuldade quando, em março, ela começou a trabalhar em um filme chamado O inventor da mocidade, no qual desempenhava, para o seu grande desanimo, o papel da estúpida secretária de um cientista.

Marilyn gravou outros filmes, como Os Homens Preferem as Loiras e Como Agarrar um Milionário.





Em 14 de Janeiro de 1954, casa-se com Joe DiMaggio


O casal parte em Lua-de-Mel para o Japão e MM é convidada a dar um espectáculo às tropas americanas estacionadas na Coreia. MM aceita e mais tarde relembra este acontecimento como aquele que lhe fez sentir verdadeiramente que era uma estrela. No entanto fê-lo sem o consentimento de Joe. Após a suspensão do contracto com a Fox, Joe esperava que Marilyn se voltasse para a vida doméstica, mas tal não aconteceu.

Em 15 de setembro, Marilyn gravou a cena de O pecado mora ao lado. A cena mais famosa da atriz até os dias atuais.

Joe discorda da situação e dias depois os dois anunciam a separação.


Em 1956 ela voltou-se para um novo amor,  Artur Miller. Quando ele obtém o divorcio, os dois anunciam o seu casamento e acabam por casar em Julho de 1956. Mas mais uma vez para Marilyn o casamento não é o ideal. Enquanto esperava encontrar em Artur o seu salvador na Terra, ele esperava encontrar nela uma deusa, o ideal de mulher.

Desde a lua de mel o casamento dos dois não iria nada bem. Tais acontecimentos foram publicados no livro Minha Semana com Marilyn e no filme inspirado no livro, Sete Dias com Marilyn.

Numa tentativa de salvar a situação, Marilyn tenta engravidar, mas por duas vezes perde a criança, uma vez em 1957 e outra em 58 logo após o fim das gravações de Some Like it Hot . Inconsolável, convence-se que a culpa é dela devido ao abuso de drogas. Artur Miller vem preparando um filme para a esposa intitulado The Misfits, mas quando finalmente as gravações começam, o clima entre ambos é tão tenso que, o filme que foi escrito especialmente para ela, em que contracena com o seu idolo Clark Gable, em vez de ser uma alegria transforma-se numa dor fisica e psicologica insuportável. Miller constantemente altera o guião, Marilyn adoece várias vezes e tem dificuldade em lembrar-se das deixas. Quando finalmente as gravações terminam, Marilyn recebe uma terrivel noticia: um ataque de coração causa a morte da Clark Gable. 
O príncipe encantado

Quanto mais quente melhor


Os desajustados


Marilyn separa-se de Artur Miller e refugia-se nos comprimidos que toma inconscientemente com champagne. Todos os dias da semana tem uma consulta com o seu psicoterapeuta Dr. Ralph Greenson, mas em vez das consultas a tornarem mais independente, tornam-lhe dependente do médico que se assegura que a sua paciente não o deixará, receitando-lhe doses excessivas de comprimidos. Durante todo este tempo, Marilyn consulta mais do que um médico e todos se asseguram que a actriz fica bem fornecida de comprimidos. Parece pouco ético da parte deles em o fazerem e parece que não comunicam entre si, pois MM toma uma mistura drogas que podem ser letais.
Assistam ao documentário Marilyn no Divã, exibido pelo GNT em 2011, que mostra detalhadamente a relação de MM com o seu psiquiatra. 
www.dailymotion.com/video/xqfod0_marilyn-no-diva-19-03-2011_shortfilms

Marilyn regressa ao estúdio da Fox em Abril de 1962 para gravar Something's Got to Give. Durante as filmagens adoece várias vezes, muitas das quais vai trabalhar com 38º de febre. Aparece horas e até dias atrasada ao estudio, mas a 17 de Maio arranja forças e aparece em frente a uma multidão, mais radiante que nunca, para cantar os Parabéns a Você ao presidente J.F. Kennedy. A principio, o estúdio tinha-lhe dado permissão para se ausentar, mas devido a tantas faltas ao trabalho, arranjou este pretexto para a despedir. 

   Todavia, o co-protagonista do filme, Dean Martin, anuncia que não faz o filme sem a Marilyn Monroe. Sem outra alternativa, pois há muito o filme já tinha ultrapassado o orçamento inicial, a Fox re-admite Marilyn e as filmagens são re-marcadas para Setembro. 


                                      


No dia 5 de agosto o mundo acorda em choque: Marilyn Monroe é encontrada morta na sua cama, nua e com a mão pousada no telefone. A causa oficial de morte é anunciada: possível suicidio; mas ninguém quer acreditar. 
   Todos os depoimentos sobre o que aconteceu na noite de 4 para 5 de Agosto de 1962 são contraditórios. Há tanta gente envolvida que a incerteza sobre como ela morreu se mantém até aos dias de hoje. 

Hoje, comemora-se 50 anos da morte desta estrela, diva, linda, maravilhosa, talentosa, encantadora, sensual... Marilyn Monroe.


Convém recordar que foi uma mulher e que, tal como qualquer uma de nós, viveu e amou, sentiu medo, tristezas e alegrias. Era sensível em todos os aspectos e atraía multidões com sua beleza e com um sorriso que só ela possuía.


A multidão de admiradores continua a crescer até hoje, eu faço parte dessa multidão e tenho o maior orgulho do mundo em dizer que sou fã da Marilyn Monroe e pra sempre serei. 50 anos depois a página oficial do Facebook, tem 3,4 milhões de opções "curtir".
 
"Quero ser Marilyn Monroe", foi o tema da exposição que atraiu milhares de fãs brasileiros para a Cinemateca Brasileira este ano, com a exposição de fotos e filmes da diva em comemoração aos 50 anos. Fiquei pensando muito sobre o tema da exposição e percebi que realmente todas as mulheres querem ser um pouco dela, nem que seja apenas ter aquele sorriso perfeito. 

Mulher de corpo escultural, voz doce, lábios carnudos e principalmente de um coração gigante e cheio de amor. Esta era Marilyn, esta é a mulher que fez e sempre fará história.


Os bons morrem jovens, todos nós sabemos disso, mas é difícil acreditar que nossa diva do cinema, do pop, morreu aos 36 anos e até hoje ninguém sabe se foi algo proposital da parte dela ou da Mafia que gostaria de usa-la para tirar J.F. Kennedy do poder. Já se passaram 50 anos e até hoje nada foi descoberto.

Enfim, o tempo pode passar mais o meu amor e o amor de todos os fãs de MM jamais morrerá.



"Algumas atrizes são como as estrelas, ainda vemos sua luz, mas já pararam de brilhar."
Forever Marilyn Monroe.


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